Pequenas “coincidências” me conduziram até você. De repente, eu, descrente em destino, imaginei que “a sorte” estava ao meu favor.
No início, não me dei conta da sua beleza, escondida por trás de uma amiga, mas antes que eu lançasse todo o meu perfume, antes que eu gastasse todo o meu batom, sua voz, seu sorriso e seu olhar, venceram a timidez e me arrebataram.
Então, esperando a purificação, eu me joguei em seu pano de guardar confetes e me entreguei, logo em seguida, sem nenhum temor, ao pecado que brotava de seus lábios.
A magia deveria durar aquela manhã, apenas. Contudo, persistiu depois das 12 badaladas. A tecnologia nos possibilitou “subir a serra” e outra “coincidência” nos levou a brindar nossas vidas juntos.
Tudo estava sendo tão perfeito que tive medo de acreditar. Mesmo assim, confiei em suas promessas de entrega e abri meu coração a você.
A partir daí, passei um mês esperando o outro. Aguardando, fiel e loucamente, a breve oportunidade de te ter grudado em mim. Entre o vai e vem, minhas pequenas neuroses, crises de carência e de ciúmes que você soube conduzir como um gentleman.
Até que, em um dia qualquer, você sinalizou o adeus definitivo. Atônita, eu apenas acenei, aceitando o fim (tardio ou precoce?) do nosso Carnaval. Ainda anestesiada, encarei a triste tarefa de recolher o sentimento desprezado.
Somente depois de muito tempo sem te sentir, experimentei o gosto da rejeição. Foi torturante, porque enquanto esperava o tempo apagar o que restava de você em mim, contraditoriamente, eu ficava fingindo que o tal do destino nos proporcionaria um reencontro feliz.
Escrito em ??/??/2007.
terça-feira, 12 de junho de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário