quinta-feira, 7 de junho de 2007

A espera

Tomada pela ansiedade, fico observando o ponteiro girar. A flecha – que agora me parece deixada aqui pelo Cupido para atormentar ainda mais a espera dos apaixonados – se aproxima da hora marcada para o nosso reencontro. Empolgação e medo em um único momento. E os sintomas clássicos da paixão me delatam quando tento disfarçar o que sinto. As batidas do coração soam como uma aula de sapateado e deixam minha face rosada como se o meu corpo estivesse mesmo aquecido pela dança; o riso se espalha de tal forma em meu rosto que mesmo quando meus lábios estão fechados parecem sorrir; o olhar se perde no infinito e o olho brilha a cada lembrança. O novo hábito de falar dele a cada pequena oportunidade – não por falta de assunto, mas por excesso de pensamentos nele - já irrita os amigos, mas isso não me preocupa... Ando tão apaixonada que me sinto planando no ar, como se fosse uma pluma flutuando acima dos tolos que já desistiram de amar.

Escrito em 02/04/2006.

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