quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Déjà vu

Você provoca uma sensação perturbadora de déjà vu... Olhar no fundo dos teus olhos pela primeira vez deu a impressão de já ter te visto... E senti que deveria somente te conhecer melhor, como se já te conhecesse... E assim, ficou fácil demais me perder na imensidão do seu olhar e de repente me reencontrar em seus lábios... O que tornou tudo ainda mais estranho... Uma forte lembrança de seu gosto invadiu a memória, como se já o tivesse provado várias vezes... E agora, tenho ciúme de quem ainda não te conhece. Tenho recordações do que ainda não vivemos. E tenho até saudade do que ainda não fomos.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Vontades II

E, antes que estivesse certa sobre suas vontades, veio alguém com a onda do mar e as realizou ao som de violino, sob a luz das estrelas. E agora ela sente vontade de olhar, beijar e tê-lo de novo, mas não apenas. Sente também vontade de ouvir, de contar, de jogar conversa para o ar, ao som de música boa, em meio a cálices de vinho. E sente ainda que ele a corresponde e ela até o compreende.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Vontades

Ela sentia vontade de olhar, beijar e tê-lo de novo, mas não apenas. Sentia mais vontade de ouvir, de contar, de jogar conversa para o ar, ao som de música boa, em meio a cálices de vinho. Sentia prazer. E como prazeres são respostas condicionadas a certos estímulos, ela apreciava também o caminho, a forma e a medida dele a incitar e apreciava até o afrodisíaco jeito dele ser, sem perceber o quanto era. Assim, ela sentia mais. Mas, embora ele correspondesse a esses sentimentos estando junto, ela não o compreendia estando separados... E isso se tornou um problema. Até que - perguntando se a vontade que sentia por ele contribuía para uma vida melhor ou se a ajudava a se prender nos laços de uma vida cotidiana que, em última análise, a oprimia e a degradava - teve vontade de esquecê-lo. Por fim sentiu vontade de encontrar uma vontade nova por um novo alguém.