segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Sementinhas

Sabe o ciúme? Aquela erva daninha brotou no meu peito e, na velocidade da luz, se esparramou por toda parte estrangulando o meu coração...
Sabe a imagem de você com outra? Aquela chuva de fluidos poluentes despertou a semente da ciumeira e, do estado latente, ela acordou inchada dificultando a minha respiração...
A parada cardio-respiratória não tardou... Doeu tanto... Nem tive forças para chorar.

Se?

Se eu não conseguir? Se a minha vontade de te esquecer não for tamanha? Se eu mandar meu plano por água a baixo? Se eu inventar motivos para te procurar? Se você me procurar? Se eu não resistir a sua lábia? Se me entregar fácil aos seus braços? Se eu não agüentar e te beijar? Se não me segurar e disser que quero? Se confessar que adoro?

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Nua

Eu fiquei sem armaduras. Porque pensei estar impermeável. Mas a paixão é como o vento em dia de inverno. Ela entra pelas frestas. E deixa querendo viver uma história de amor.
Infelizmente, você não pode me dar mais do que o prazer de te conquistar a cada encontro esporádico. E ficar tão pouco junto depois de tanto tempo longe já não me satisfaz. Sempre sobra um pouco de saudade velha... E vão se acumulando saudades novas...
E como sentimentos não correspondidos são perecíveis ao tempo... e como eu preciso viver uma história de amor interativa... acho melhor liquidar o estoque antes que acabe o prazo de validade...

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Vendados

Tanto tempo se passou... Desculpe, eu ainda não te decifrei...
Teria decifrado se você mexesse somente com o meu ego, (des)colorindo a superfície da minha personalidade.
Talvez tivesse desvendado seus códigos se eles alcançassem até o meu superego, (des)construindo amarras em minha moral.
Mas como entender alguém que interfere no meu id? Que toca a parte mais profunda de mim? Que invade um espaço tão íntimo que até eu mesma desconheço?
Eu queria me dar mais tempo para descobrir quem é você... Mas eu não posso me concentrar muito em ti para não correr o risco de encontrar algo sobre mim que eu não devo jamais saber.