terça-feira, 17 de julho de 2007
Eu costumava sorrir
Quando eu ficava muito tempo sozinha, o riso contaminava meus lábios, se espalhava pelo rosto e fazia os olhos brilharem. Muitas vezes, eu nem me dava conta. Começava com um sorriso amarelo e terminava às gargalhadas. Era bom. Aquela história de “faz bem para a alma”. Não precisava de qualquer motivo engraçado. Não precisava sentir nenhuma grande alegria. Era só respirar fundo, pensar na vida e pronto. Sorriso armado. Ninguém para ver. Nenhum motivo para me segurar. Rir, rir, rir e gargalhar até sentir a barriga doída e, assim, me livrar de toda doideira. Depois as bochechas vermelhas. Sem ninguém para olhar. Sem ninguém de quem esconder. Somente por as mãos frias no rosto, sentir a pele quente (às vezes nem isso) e dormir feliz.
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2 comentários:
Já dizia o velho poeta Néoso Holandês: "Mesmo que o motivo seja feliz, sorrir ainda é melhor do que chorar".
Não cai na gargalhada, mas o texto várias vezes exercitou minha "elasticidade e expressão facial"!
Não que sejá lá um grande feito me fazer sorrir, mesmo assim eu agradeço!
Eu que agradeço sua visita!
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